segunda-feira, 12 de maio de 2008

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Recife, 12 de maio de 2008 - 22h05


Tanta coisa escrita. Fico pensando o que escrever. De tanta emoção que senti. Das lágrimas que escorreram pela face e inundou o mar. Já não sei mais o que faça, nem como me comportar. Às vezes penso que estou demais e penso em recuar. Mas você me chama. Me puxa. Sabe o peixe que coloca na ponta do anzol para me pegar. E me pega direitinho. Tento me debater, para não me afogar nesse sentir. Quero deixar a alma livre para ela decidir. Mas ela só sabe um caminho. Tento despistá-la. Procuro enganá-la. Nem eu mesma sei o que sinto. Não quero sofrer. Quero só vagar por aí. Não quero confundir, nem me confundir. Se as palavras se vestem de sentimentos, as minhas não entendem de moda. Só andam fora da linha. Estou perdida nesse calçadão de lembranças, de saudade, de vontade. Queria esquecer o caminho que me puxa, que me suga. Feche a porta. Feche a janela. Urgente. E agora? Estou dentro ou estou fora? Se fechar a porta e eu estiver dentro? Não, não! Deixe a porta entreaberta, amanhã eu decido onde estou. Nunca tem amanhã, é sempre um continuar de idas e vindas. Que não finda. Que não finda. Onde estou? Se preciso for, me jogue pela janela. Me devolva a mim.

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3 comentários:

Anônimo disse...

O sentimento quando bate, difícil evitá-lo e muito menos ocultá-lo. Ouça a voz do seu coração, da sua alma! bj Paulinha!

Poeta Mauro Rocha disse...

Texto interessante, eloquente eu diria.Parabéns!!

MAURO ROCHA

Anônimo disse...

va simplesmente,nao pense,nao pergunte,nao responda,aprenda a ouvir sua alma,
faça de conta q é uma expectadora da sua vida,ao menos 5 min.por dia,pare ,nao pense,feche os olhos e sinta...apenas....bj