quarta-feira, 16 de dezembro de 2009





Teu corpo é feito o mar
Um mar fácil de navegar
Pelo teu corpo
Sigo a rota
Onde a onda do prazer
É minha bússola
Os ventos da fantasia
Embalam meu barco
O teu farol
É o meu guia
Nas profundezas nos encontramos
Entre tantas vidas
Só a tua pulsa
Teu corpo é o meu mar
Onde mergulho
Me encontro
 
(antigo)




O barco tem seguido lentamente


Num mar de calmaria

Ventos tranqüilos

O sol tem brilhado na medida certa

A lua e as estrelas companheiras da noite

Ao longe o farol

O farol pisca já faz dias

O nevoeiro dissipou-se

O barco segue a rota

Uma rota sinalizada pelo farol

Mas essa rota só é possível

Pelo leme e a bússola do próprio barco

E nesse ir ao encontro de....

O farol é quem se move e se aproxima

E ver a luz do barco

09.04.08

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009


Apreciar o belo
Sentir a maravilha do espetáculo
Raios que aquecem
Mesmo que não possa ser tocado

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Me chamaram de visceral, e eu chorei. Chorei as lágrimas das minhas vísceras arrancadas em tão poucas palavras. Visceral podia até ser um elogio, por outro qualquer. Mas vindo dele, é muito ruim, porque o meu visceral assusta, afasta, amedronta. Me rouba o sonho.


VISCERAL, VISCERAL, VISCERAL.....repercute em meu ser. Meus ouvidos já não suportam ouvir essa palavra se repetir na minha alma. Quando não pingam lágrimas, elas, as benditas lágrimas ficam penduradas no meu ser, feito morcego, se balançando e me colocando de cabeça para baixo.


“Não me faça me sentir culpado por não lhe entender”. Ainda tenho que suportar a culpa de ter sido intensa, de ter sido visceral, e de fazer o outro culpado por não me entender. Ah, mundo complicado. Quando a sensibilidade atravanca o progresso de um simples conhecer. Quando o descontrole da emoção atropela o outro que é um borbulhar de emoção. E foi a emoção do outro que me colocou pelo avesso, e me endireitou. E se eu não me chamasse Paula, e se eu fosse uma simples moela, um fígado em pedaços, uma
tripa de porco, eu seria vísceras, e eu seria visceral, e não estaria me sentindo culpada de ser humana. Humanamente emocional.




 10.04.09